Open innovation: a via mais eficiente para resolver problemas de empresas e consumidores
Negócios
4 min
17 maio 2021

Open innovation: a via mais eficiente para resolver problemas de empresas e consumidores

O conceito de inovação aberta remete ao início dos anos 2000, quando Henry Chesbrough, lendário professor da Universidade de Berkeley lançou o livro Inovação Aberta: o novo imperativo para criar e lucrar com a tecnologia. Leitura obrigatória entre os estudiosos de gestão e inovação organizacional, a obra sacramentou o movimento que marcou a aproximação entre grandes corporações e startups.

Quase duas décadas após o seu lançamento, a obra ganhou nova relevância com o avanço da economia digital e, mais recentemente, com a aceleração da transformação digital durante a pandemia – quando encontrar soluções rápidas e eficientes para desafios globais se tornou uma questão de sobrevivência para empresas e para a própria sociedade.

Entre os exemplos na saúde brasileira, está a parceria entre o Hospital Sírio-Libanês e a startup 3778, que resultou em uma plataforma digital onde hospitais públicos e privados podem ter acesso a dados que ajudam a prever as necessidades diante da demanda crescente de pacientes. Ou a Visuri, que ao lado do Instituto René Rachou/Fiocruz Minas, desenvolveu o OmniLAMP, um teste molecular portátil e de baixo custo que realiza testagens em menos tempo e com a mesma precisão de exames como RT-PCR.

Na União Europeia, a Siemens abriu sua área de fabricação de aditivos para qualquer pessoa que precisasse de ajuda no design de dispositivos médicos. A Scania, por sua vez, se juntou a Karolinska University Hospital cedendo trailers que foram convertidos em estações móveis de testagens, além de deslocar vinte especialistas em compras e logística para localizar, adquirir e entregar equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde.

O varejo, outro setor duramente impactado pela pandemia, também se tornou palco para diversas iniciativas de open innovation. É o caso da C&A, que em parceria com a Endeavor, lançou o Conecta C&A, programa que selecionou sete scale-ups para resolver uma série de desafios de toda a sua cadeia de vendas. A lista de selecionados incluiu a Winnin, uma startup de IA especializada em análises de comportamento de consumidores. A parceria deu origem ao programa Tudo Combinado, um streaming selling que esgotou 28 itens no site e se consolidou como o vídeo de maior engajamento do canal da fast-fashion.

Iniciativas como essas são a ponta do iceberg de uma crença que ganha força entre organizações de todos os setores: a de que nenhuma empresa, por maior e mais dominante que seja, tem todas as respostas. E que compartilhar conhecimento vira prerrogativa sine qua non para sobreviver aos desafios e responder às demandas de um mercado cada vez mais volátil.

Renata Piza

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