“É melhor falhar experimentando do que ser mais conservador”, direciona CEO da Picsart no painel central do último dia Web Summit Rio 2023
Entender como as pessoas consomem os produtos no dia de hoje é um trabalho árduo e exige um grande mapeamento em diferentes frentes e categorias. O reconhecimento da parte emocional de cada indivíduo ou, pelo menos, de um grupo, por exemplo, é um fator que exige cada vez mais atenção, dada a complexidade da situação.
No Super Fireside de encerramento do Web Summit Rio 2023, o painel “How to make product that people Love”, o assunto principal girou em torno do alinhamento entre inteligência artificial nas possibilidades de entendimento dos clientes, a fim de que isso se torne propulsor de novos produtos e contínua atualização dos negócios.
Mediados por Cláudia Penteado, do Valor Econômico, Mikael Vardanyan, CEO Picsart, e Sarah Al-Hussaini, COO e Co-fundadora, da Ultimate, mostraram como o risco de inovações precisam sempre estar atrelados às questões de inteligência de mercado e novas atualizações no desenvolvimento de seu negócio.
Mikael, que tem uma postura menos conservadora, deixou claro que seu posicionamento sempre foi de investir em IAs, principalmente por “resolver muitos problemas”.
Mesmo assim, o CEO da Picsart deixou claro que há um limite e precisa de um trabalho colaborativo com a força de trabalho humana, principalmente pela questão de leitura do público consumidor.
Sarah levantou esse ponto em diversas oportunidades no Fireside, mostrando que há uma necessidade (e grande) de compreender, fazer leituras e análises dos dados que provém das IAs. Inclusive, ao lado de Mikael, destacou que a visão do futuro é construir esse diálogo com o consumidor, ao mesmo tempo que continua inovando com tecnologias de automatização.
Afinal, o futuro reserva várias transformações e, enquanto alguns enxergam a sobreposição do trabalho humano, o CEO da Picsart percebe a substituição do trabalho repetitivo. Esse tipo de trabalho pode ser substituído pela inteligência artificial. Enquanto isso, trabalhadores podem se dedicar a funções mais estratégicas, que tendem a pagar um acréscimo de cerca de 20% a 30%.
Nesse sentido, o trabalho humano seria compreender e analisar a afetividade da situação, porque há a necessidade de enxergar a affordance da situação com os consumidores. Com este tipo de ação, é possível solucionar o que falta na automatização que, mesmo generativa, ainda não consegue compreender os meandros e sentidos que criamos socialmente.
Por isso, a CEO da Ultimate destaca a necessidade de ouvir as necessidades que provém dos consumidores. Somente assim será possível buscar solucionar tais eventualidades e transformar em uma solução – e, quem sabe, até criar parâmetros futuros para um maior número de pessoas.