Educação, entretenimento e engajamento
Educação
5 min
14 setembro 2021

Educação, entretenimento e engajamento

Especialista em treinamentos e desenvolvimento de pessoas, a Engage, startup residente do Learning Village, é especializada no desenvolvimento de soluções de treinamento e engajamento educacional para organizações de diversos perfis e setores. Na entrevista a seguir, Mario Cabral, CEO da empresa, fala sobre a importância do Life Long Learning e o potencial das inovações tecnológicas e do movimento de Edutainment.

Lifelong learning: isso já é uma realidade para todas os profissionais e organizações?

É uma realidade concreta. Desde a década de 90 já tínhamos a percepção da importância de estarmos sempre nos atualizando. Esse comportamento se mostrou mais do que uma tendência, é uma realidade para todos, independente da sua área de atuação profissional.

Como treinamentos corporativos podem ser encarados como algo divertido pelas equipes?

Esta é uma pergunta “perigosa”. A nível profissional, o treinamento será muito bom se ele se mostrar relevante para aquela pessoa. Para isso é imprescindível que o conteúdo do treinamento em si seja muito bom. O mundo perfeito é quando o conteúdo atende este requisito e a forma daquela experiência de aprendizagem está adequada a cada indivíduo. Algumas pessoas gostam de aprender junto com outras pessoas, outras pessoas preferem aprender sozinhas, sem contar os diferentes meios de entregar essa experiência.

Por que gamificação e IA aumentam o engajamento das pessoas?

São duas ferramentas que trazem muitas possibilidades para aumentar o engajamento das pessoas. No caso da gamificação, que é o uso dos elementos dos “games” em algo que não seja um jogo, ela permite alcançar diferentes perfis de “jogadores” – desde os mais competitivos por meio de pontuação, ranking e moedas, até os mais colaborativos através de atividades em equipe, feedbacks entre os participantes, entre outras possibilidades. Assim como a gamificação, a Inteligência Artificial pode ser aplicada em muitas situações – uma delas é conseguir aprender o que cada pessoa precisa aprender e como ela aprende melhor, e com isso personalizar uma experiência de aprendizagem totalmente personalizada.

Edutainment é um caminho sem volta mesmo para adultos?

Sim, mas certamente é um entre vários caminhos para criar ambientes de aprendizagem para adultos. O Edutainment pode ser uma forma atrativa para um determinado tema e público, mas ao mesmo tempo pode ser desestimulante para outro público.

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A área de recursos humanos ainda é vista como conservadora em muitas organizações? Como é possível fazer com que esses profissionais passem a ser agentes de inovação dentro das empresas?

Essa imagem vem se transformando de forma consistente em especial nas últimas duas décadas. Essa transformação tem ocorrido nas empresas como um todo, muito em decorrência da nova dinâmica que a tecnologia trouxe para as organizações durante esse período. Se fosse recomendar algo para profissionais de qualquer área que queira inovar é: não tenha medo de errar. Em muitas situações para mudar o status quo é necessário assumir o risco de pedir desculpa, ao invés de permissão.

Quais são os principais motivos para investir em T&D?

  • Perenidade e sustentabilidade do negócio: ter um processo de treinamento & desenvolvimento estruturado cria uma estrutura sólida para o crescimento (e sobrevivência) constante de qualquer empresa.
  • Remuneração intangível: muitos profissionais (para não dizer a maioria) valorizam oportunidades de aprendizagem e crescimento na carreira mais do que o próprio salário.
  • Atração e Retenção: ser uma empresa reconhecida por desenvolver seus colaboradores irá atrair muitos talentos para trabalhar, assim como mantê-los.
  • Produtividade: embora pareça óbvio, a capacitação dos colaboradores está diretamente vinculada à produtividade. Quanto mais preparada uma pessoa estiver, mais produtiva ela será.
  • É mais barato: criar um processo estruturado de formação contínua de colaboradores é muito mais barato do que contratar os profissionais reconhecidos como especialistas no mercado. Um exemplo em outro contexto são os clubes de futebol. Qual grande clube de futebol não investe “na base” hoje em dia?

Renata Piza

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