Um novo cenário para as edtechs
Startups
5 min
22 outubro 2021

Um novo cenário para as edtechs

O ano de 2020 será lembrado, entre outras coisas, como o ano das tecnologias educacionais. Isso se deu por conta das medidas protetivas relacionadas à pandemia do coronavírus que acabou levando à suspensão mundial das aulas presenciais. As instituições de ensino se viram diante de um desafio para o qual não havia muito tempo para se preparar, foi no improviso que estudantes em todos os níveis educacionais passaram a aprender remotamente.

De acordo com o site edutechwiki, a tecnologia educacional, conhecida como edutech ou edtech, pode ser considerada como uma ciência de diferentes interesses de pesquisa abordando questões fundamentais de aprendizagem, ensino e organização social. A tecnologia educacional como prática já se refere a qualquer forma de ensino e aprendizagem que faça uso da tecnologia. No início de 2021 o modelo já estava amplamente disseminado e dois pontos fundamentais foram definidos entre pesquisadores e profissionais em edtech:

– A tecnologia educacional é baseada no conhecimento teórico extraído de diferentes disciplinas (comunicação, educação, psicologia, sociologia, filosofia, inteligência artificial, ciência da computação, etc.) mais o conhecimento extraído da prática educacional

– A tecnologia educacional visa melhorar a educação, facilitar os processos de aprendizagem e aumentar o desempenho do sistema educacional no que diz respeito à eficácia e eficiência

De acordo com o mapa de edtechs da plataforma Startup Scanner,, o país conta com 425 startups voltadas para a educação. Elas se distribuem por 23 categorias: educação corporativa (10,35%), capacitação profissional (7,06%), vestibular e concursos (6,82%), formação tecnológica (6,59%), infraestrutura digital (6,35%), jogos educativos (5,88%), idiomas (5,41%), educação inclusiva (4,94%), conteúdos educacionais (4,71%), entre outros.

O estudo Distrito Edtech Report 2020 indica que, desde 2010, mais de US$ 170 milhões foram investidos em edtechs no Brasil. No período entre 2010 e 2020, foram realizadas 130 rodadas de investimento e o volume foi bastante influenciado por startups do setor já consolidadas, como Descomplica, Estratégia Concursos, Trybe e Passei Direto.

Entre 2021 e 2028, o mercado global de EdTech deve crescer 19,9%. De acordo com um estudo da Grand View Research, o setor valia US$ 89,49 bilhões em 2020 e em 2028, está projetado para chegar a US$ 285,2 bilhões.

Ainda de acordo com o estudo, as soluções de tecnologia educacional (EdTech) devem evoluir junto dos avanços nas tecnologias mais recentes, como a Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR). A integração de AR e VR em soluções edtech ajuda a oferecer uma experiência interativa aos alunos, permitindo que explorem e se conectem perfeitamente com conceitos abstratos e, consequentemente, permanecendo engajados. A integração da tecnologia blockchain por sua vez permitirá que os usuários finais armazenem e protejam dados, viabilizando que os educadores analisem os padrões de consumo do material oferecido aos alunos e tomem decisões baseadas no data.

Aumentar o envolvimento dos estudantes vem emergindo como uma preocupação primordial para os educadores que buscam iniciativas de incentivo à aprendizagem ativa e de habilidades críticas. No entanto, dado que as soluções da edtech também armazenam informações pessoais dos alunos, os participantes do mercado devem respeitar os direitos autorais e as normas de privacidade de dados ao apresentar qualquer novo produto da edtech.

Todas as universidades que recebem fundos do Departamento de Educação dos Estados Unidos (DOE), por exemplo, devem cumprir os requisitos que se enquadram nas leis FERPA e PPRA. FERPA visa proteger os registros dos alunos, enquanto o PPRA coloca uma forte ênfase na proteção das informações pessoais dos alunos coletadas por meio de pesquisas. Na União Europeia (UE), as empresas EdTech também estão sob a alçada do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), que limita o acesso e o processamento de dados de usuários por todos os tipos de organizações envolvidas no manuseio de grandes volumes de informações.

Nairah Matsuoka

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