Gestão de Pessoas e tecnologia além das estatísticas
“Todos nós, sem exceção, trabalhamos pelas pessoas. Isso precisa voltar a ser internalizado, além da tecnologia”.
É com essa frase de Raquel Belém, Diretora de Contas Senior do LinkedIn, que o público da palestra “A Nova Era da Gestão de Pessoas” passou a contemplar tamanhas discussões que surgiram sobre a Gestão de Pessoas aliadas a tecnologia.
Gerir pessoas se tornou um ato que, muitas vezes, é confundido com controle. São atividades que estão atreladas, mas não se trata apenas de uma vigilância. Se trata de acompanhamento dos processos, uma observação com rastros que tenta tirar o melhor de cada uma das pessoas com quem você trabalha.
Mas como fazer isso? Por onde dar o primeiro passo nessa relação entre gestores e seus trabalhadores?
Se trata de preparação e construção das leituras que são proporcionadas. Um exemplo contado pela Talent Strategy da Nuvemshop, Paula Gaspar, foi a criação de um método para entender quais foram as mudanças estratégias que a empresa deveria tomar, após entenderem que o perfil comportamental de seus trabalhadores tinha mudado.
Segundo ela, a Nuvemshop passou por algumas mudanças relacionadas a criação de produtos e de entregas. Os funcionários passaram a trabalhar melhor em grupo, o que, antes da pandemia não ocorria. O perfil mais individual deu espaço para uma construção colaborativa.
Foi uma necessidade enxergada, que alinhou seu objetivo com os dados trazidos pela tecnologia. Na tentativa de juntar estes aliados mais próximos, suprir algumas necessidades e trazer um companheirismo para o trabalho, prospectaram uma pesquisa de grupos focais, utilizando arquétipos (símbolos e alinhamentos gerais de cada pessoa), como forma de compreender estas aproximações entre as pessoas.
Com isso, a tecnologia rastreou, serviu de canal e trouxe o dado, para depois ser lido pela própria Paula. Com a tomada de decisão e solução do problema, a Talent enxergou uma melhora no desenvolvimento dos trabalhos que eram feitos na Nuvemshop .
Trazer este exemplo é sintetizar questões que precisam destacadas: a tecnologia precisa e deve ser alinhada ao propósito da gestão, compreendendo-a e não deixando que apenas faça seu trabalho, sem alinhamento estratégico.
O espaço não é mais apenas físico. Estamos em um processo de mudança há alguns anos, em que a virtualidade cada vez toma espaço do nosso tempo e a maioria dos processos acontecem nessa imaterialidade. A tecnologia ajuda neste rastreio, nessa leitura e observação, mas precisa ter uma interpretação humana, além dos dados que são colocados.
Por isso, algumas ações precisam se tornar visíveis e propostas criativas para que a leitura da Gestão ocorra de maneira responsável e ética.
“A gente precisa estudar o método e entender a tecnologia, principalmente para entender qual o nosso papel nessa ação”, Paula Gaspar, Nuvemshop.
Gestão de pessoas sempre foi uma necessidade analítica das relações inter e intrapessoais. Neste mundo de grandes transformações, surge a necessidade de olhar e analisar também os registros materiais, entendendo se há aproveitamento do tempo, espaço e saúde do outro que está ali presente. Principalmente reconhecendo que o bem-estar é também uma prioridade, afinal, todos nós trabalhamos pelas pessoas.
Este papo produtivo, com diversas pessoas de impacto aconteceu, no próprio Learning Village, no dia 27 de abril. Se você se interessou, nos siga nas redes sociais e acompanhe tudo que acontece dentro do 1º Hub de inovação e tecnologia com foco em educação e desenvolvimento de pessoas da América Latina.