4 HealthTechs que estão mudando a saúde no Brasil e no mundo
De acordo com o último Health Tech Report, relatório produzido pela Distrito, as HealthTechs brasileiras receberam mais de US$ 80 milhões em fevereiro. Impulsionados pela pandemia, os investimentos em startups de saúde mostram a evolução de uma tendência global, baseada no aumento da eficiência no tratamento de pacientes, nas tecnologias de análise preditiva e no desenvolvimento medicamentos e terapias avançadas. Veja a seguir algumas empresas que vêm se destacando.
Uma imensa quantidade de dados, IA e design vêm transformado o acesso, a gestão e até a remuneração na medicina. Criada em 2018 pelo médico Guilherme Salgado e pelos colegas Fernando Barreto e Bruno Herrera, a startup chamou a atenção de investidores e grandes players do mercado (o Hospital Sírio-Libanês se uniu a ela para criar a plataforma COVID-19 Control Center, que simula cenários de impacto da pandemia em hospitais públicos e particulares). Em 2020, a empresa cresceu 70%, faturou R$ 200 milhões. Durante o período, se uniu à TEG Saúde, empresa de gestão de serviços, e à Imtep, maior gestora de ambulatórios corporativos do país, dando origem ao Grupo 3778. A partir do objetivo de abocanhar o mercado gigante de planos de saúde empresariais no Brasil, o grupo recebeu uma rodada de US$ 36,4 milhões em fevereiro. Curiosidade: o nome da empresa saiu dos movimentos 37 e 78, do jogo GO, o mais difícil do mundo, executados por máquina e ser humano, respectivamente. “Os movimentos 37 e 78 marcam o momento em que máquina e humanidade finalmente começam a evoluir juntos”, publicou a revista Wired.
O Series B de US$ 33 milhões captados em fevereiro de 2021 dão uma dimensão da potência da healthTech fundada apenas um ano antes por André Florence, Matheus Moraes e Guilherme Azevedo, que já tinham experiência com inovação. A grande sacada dos sócios foi inverter a lógica atual dos planos de saúde, investindo em atenção primária – mais ou menos como se os antigos médicos de família ganhassem um boost de tecnologia. A jornada começa na Casa Alice, com consultas longas, e segue para o digital com o Time de Saúde que acompanha por aplicativo os pacientes no dia a dia, integrando dados de hospitais e laboratórios clínicos, médicos altamente qualificados e times de preparadores de físicos e nutricionistas, por exemplo. O plano de saúde é B2C, escasso no mercado, e opera no modelo Fee For Value, não no tradicional Fee For Service. ThornTree Capital Partners, Kaszek Ventures, Canary e Maya Capital estão entre os investidores da startup.
Focada no mercado sênior americano, a startup é baseada na Flórida e foi criada pelo ex-consultor da IBM Satish Movva, em 2013. A inovação: uma pulseira chamada Tempo, com sensor de toque, microfone e alto-falante que detectam as atividades dos seus usuários. O sistema leva 7 dias para aprender os padrões de cada usuário e é capaz de identificar a qualidade de alimentação, atividades físicas, deslocamentos e estado de humor dos idosos – caso surja algum sinal alarmante, um alerta é enviado em tempo real as informações para a equipe responsável. Segundo os fundadores, o sistema permite antecipar a necessidade de uma internação em 3,7 dias (ou apontar um quadro depressivo em até duas semanas) antes de o diagnóstico ser feito.
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Palarum A empresa nasceu para solucionar um problema recorrente no sistema hospitalar: a queda de pacientes internados – apenas nos Estados Unidos, são cerca de 1 milhão por ano. Graças ao uso de uma tecnologia IoT (uma meia e um crachá inteligente), os cuidadores e enfermeiros são avisados quando um paciente levanta da cama desacompanhado. O sistema de dados da Palarum também pode ser usado em programas de prevenção de quedas.